
O tempo é algo que sempre me intrigou. O diálogo com o tempo e a coragem de defrontar-se com ele vive a me instigar quando me confronto com as etapas da vida, infância, juventude e velhice. Hoje visitei os tios de minha esposa. Revi seus netos que antes só existiam nos projetos. Comparei aqueles senhores de até 91 anos e crianças com 2. Enfim, essa é a vida que não se cansa de multiplicar e apresentar possibilidades. Que vivam os jovens e os velhos e todos possam trocar suas experiências. Quanto a mim, fica a recordação de uma vida que viaja no tempo admirando-o e repeitando-o na sua imensa majestade. (Créditos para Salvador Dali para essa magnífica pintura. Belíssima!)
VIAGEM NO TEMPO
Nessa estrada em que trago a vida
Eu me perco e nem sei quem sou
Sugo o tempo numa bebida
Venço o passo que me alcançou
Vidas muitas que me assolaram
Moças pardas, loiras e pretas.
Laços ternos que me assomaram
Tristes mares, coisas secretas.
Risos lânguidos, dissabores.
Festas pálidas, tempo largo
Flores, pétalas: tantas cores
Nos sorrisos que imprimem o cargo
Em licores toscos amores
Que viagem de um gosto amargo!
Nessa estrada em que trago a vida
Eu me perco e nem sei quem sou
Sugo o tempo numa bebida
Venço o passo que me alcançou
Vidas muitas que me assolaram
Moças pardas, loiras e pretas.
Laços ternos que me assomaram
Tristes mares, coisas secretas.
Risos lânguidos, dissabores.
Festas pálidas, tempo largo
Flores, pétalas: tantas cores
Nos sorrisos que imprimem o cargo
Em licores toscos amores
Que viagem de um gosto amargo!
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